Sigismund Schlomo Freud, o criador da Psicanálise nasceu
na região da Morávia, que então fazia parte do Império Austro-Húngaro,
hoje na República Checa. Sua mãe, Amália, era a terceira esposa de
Jacob, um modesto comerciante. A família mudou-se para Viena em 1860.
Era
adorado pela mãe, que o chamava “meu Sigi de ouro”, e amado pelo pai,
que lhe transmitiu os valores do judaísmo clássico. Tinha uma afeição
especial por sua governanta tcheca e católica, Monika Zajic, apelidada
Nannie, que o levava para visitar igrejas, falava-lhe do “bom Deus” e
lhe revelou outro mundo além do judaísmo e da judeidade.
Talvez
ela também tenha desempenhado um papel em sua aprendizagem da
sexualidade. Freud nasceu em uma família de abastados comerciantes
judeus. Sempre se destaca a complexidade das relações intra familiares.
Seu pai, Jakob Freud, que exercia o ofício de comerciante de lã e
têxteis, casou-se, pela primeira vez, aos 17 anos e teve dois filhos
(Emmanuel e Philippe).
Viúvo
casa-se novamente com Amália Nathanson, de 20 anos, idade do segundo
filho de Jakob. Freud será o mais velho dos oito filhos do segundo
casamento de seu pai, e seu companheiro preferido de brinquedos foi seu
sobrinho, que tinha um ano a mais do que ele. Do casamento de Jacob e
Amália nasceram os seguintes irmãos de Freud: Julius, Anna, Débora
(Rosa), Marie (Mitzi), Adolfine (Dolfi), Pauline (Paula) e Alexander.
Em
1877, ele abreviou o seu nome de Sigismund Schlomo Freud para Sigmund
Freud. Desde 1873, era um aluno da Faculdade de Medicina da Universidade
de Viena, onde gostava de pesquisar no laboratório de Neurofisiologia.
Nasceu
em 06 de maio de 1856 na Checoslovaquia atual Eslováquia, de origem
judaica. Aos 8 anos já lia Shakespeare e, na adolescência uma
conferência, cujo tema era o ensaio de Goethe sobre a natureza ficou profundamente impressionado. Trocou a faculdade de Direito pela Medicina e interessou-se pela área de pesquisas. Iniciou seu trabalho sobre o sistema nervoso central, publicou vários artigos sobre cocaína.
Especializou-se
em doenças nervosas e criou interesse pela "histeria" e pela
hipnoterapia praticada na época por Breuer Charcot. Os dois, trabalhando
juntos publicaram "Estudos sobre a Histeria" e na mesma época Freud
conseguiu analisar um sonho seu que ficou conhecido como "O Sonho da
Injeção feita em Irma", rascunhou "Projeto para uma psicologia
Científica" somente publicada após sua morte.
O
termo psicanálise (associação livre) foi indicado por ele após passar
por um trauma com a morte de seu pai e começou com seu amigo WILHELM
FLIESS a analise de seus sonhos e fantasias.
"A
Interpretação de Sonhos" que Freud considerava um de seus melhores
livros que foi publicado para ser projetado no inicio do novo século,
XX.
Foi bastante hostilizado por seus colegas médicos, trabalhando em total isolamento.
Deu inicio a análise de Dora, sua paciente e escreveu Sobre a Psicopatologia da Vida Cotidiana, "publicando em 1901.
Escreveu
"Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, "Os Chistes e sua relação
com o Inconsciente, " "Fragmento da análise de um caso de Histeria";
(neurose)
Teve
alguns seguidores como Alfred Adler, Carl Jung, que depois se separaram
de Freud e criaram suas próprias escolas, discordando da ênfase que
Freud dava à origem sexual da neurose: (nervosismo, irritabilidade,
excitação).
Mesmo
com dificuldades para ser reconhecido pelo meio acadêmico, Freud reuniu
um grupo que deu origem, em 1908, à Sociedade Psicanalítica de Viena.
Seus mais fiéis seguidores eram Karl Abraham, Sandor Ferenczi e Ernest
Jones. Já Alfred Adler e Carl Jung acabaram como dissidentes.
A
perda de Jung foi muito mais dolorosa, pois Freud esperava que o
discípulo, suíço e protestante, projetasse a psicanálise além do
ambiente judaico. Além de discordar do papel prioritário dado por Freud
ao desejo, Jung se tornou místico.
Sensibilizado
pela Primeira Guerra Mundial e pela morte da filha Sophie, vítima de
gripe, Freud teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do
amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos
Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a
publicação em 1923, de "O Ego e o Id".
Em
1936, disse considerar um avanço seus livros terem sido queimados pelos
nazistas. Afinal, no passado, eram os autores que iam à fogueira. Mas a
subida de Hitler ao poder ditatorial não demorou e a perseguição aos
judeus se intensificou. Em 1938, já velho e com câncer, fugiu para a
Inglaterra, onde morreu no ano seguinte.
Com Martha Bernays, teve seis filhos. A caçula Ana tornou-se discípula, porta-voz do pai, e uma eminente psicanalista.
Durante a Segunda Guerra Mundial Freud foi para a Inglaterra, mas suas irmãs foram assassinadas em campos de concentração.
Freud
ainda escreveu "Conferências Introdutórias sobre Psicanálise e há
vários volumes da "Coletânea das Obras de Sigmund Freud, que entre
outros temas, abrangia a teoria do trauma do nascimento.
Freud
é considerado o PAI DA PSICANÁLISE, onde o paciente, fala sobre suas
lembranças de seus traumas, durante a vida e libertando-se de seus
sofrimentos e atitudes de irritabilidade, histeria etc.
É muito utilizado hoje em dia, por psicólogos e até os novos parapsicólogos, que estão surgindo, usam também em grande escala a hipnose para recordações de vidas anteriores.
Freud
lutou por muitos anos contra um câncer na boca e morreu por eutanásia
com três doses de morfina ( EUTANÁSIA - SEUS ÚLTIMOS DIAS, por Peter Gay) em 23 sede setembro de 1939 com grande influência na cultura do século XX.
É
de grande importância o estudo de Freud por psicólogos, psicanalistas e
parapsicólogos, pelo estudo e entendimento para ajudar os pacientes do
nascer e do passado-presente-futuro a fim de se manter e entender os
meandros da vida emocional. Causas e consequências de determinadas
atitudes de pessoas com tendência a irritabilidade, nervosismos, ataques
de pânico, medos, etc. tudo feito com o auxilio da hipnose.
Atualmente,
Freud continua tão polêmico quanto na época em que esteve vivo. Por um
lado, é verdadeiramente idolatrado por seguidores ortodoxos da teoria
psicanalítica - e, aliás, em vida, Freud demonstrava uma inegável
satisfação em ser reverenciado como um gênio. Por outro, é visto também
como um mistificador, principalmente a partir da década de 1990, quando
as descobertas da neurociência questionaram muitos dos princípios
fundamentais da psicanálise.
Segue o segundo trecho da introdução escrita por Ernest Jones:
“O
que Freud deu ao mundo não foi uma teoria da mente perfeitamente
acabada e burilada, uma filosofia que talvez pudesse ser debatida sem
qualquer referência ao seu autor, mas uma visão que gradualmente se
ampliava, uma visão que ocasionalmente se empanava, mas que, em seguida,
se tornava luminosa. A Psicanálise, como se passa verdadeiramente com
qualquer outro ramo da ciência, só pode ser proveitosamente ser estudada
como uma evolução histórica, nunca como se fosse um corpo de
conhecimento aperfeiçoado – e o seu desenvolvimento achava-se peculiar e
intimamente ligado à personalidade de seu fundador”.
Bibliografia:
Livro Freud, uma Vida Para Nosso Tempo, peter Gay, 1989
Nascido em Berlim, em 1923, Peter Gay foi para os Estados Unidos em 1941, fugindo das perseguições nazistas. Historiador com formação psicanalítica, esse professor da Universidade Yale tem um interesse especial pelo período de efervescência intelectual e profunda instabilidade que foi a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX. Ao examinar as paixões, sondar o intelecto e expor com clareza as teorias de Freud, construiu uma obra que é considerada por muitos como a biografia definitiva do criador da psicanálise, um homem que ousou repensar radicalmente a cultura ocidental.